Lixo orgânico vira adubo

Carlos

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou um levantamento especial sobre o trabalho desenvolvido pela Embrapa Solos no aproveitamento do lixo orgânico como matéria-prima na produção de fertilizantes. De acordo com o pesquisador Caio Inácio Tevês, da Embrapa no Rio de Janeiro, a tecnologia desenvolvida resolve dos problemas simultaneamente: a destinação do lixo e a redução do custo dos fertilizantes.

"Aqui, transformamos sobras de alimentos, cascas de verduras e frutas, restos de madeira e grama em fertilizante orgânico. Pode ser a solução para o problema do lixo nas cidades e no campo, além de ser mais simples eficaz e barato. É também uma opção ao uso dos adubos minerais", afirma, de acordo com o ministério. Uma parceria entre a Embrapa e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), por exemplo, utiliza os restos de alimentos dos restaurantes e lanchonetes do aeroporto do Galeão, recolhidos em recipientes apropriados, para a produção de fertilizantes.

O lixo, não tratado pode causar doenças e prejudicar a saúde, além de trazer danos ambientais. O desafio era transformá-lo em adubo orgânico Projeto da Universidade Federal de Santa Catarina, com participação de Tevês, deu certo e foi adotado pela prefeitura de Garopaba, a 80 quilômetros da capital catarinense. Hoje, a cidade recolhe, em recipientes chamados bombonas, o lixo orgânico de restaurantes, lanchonetes, hotéis e peixarias.

A experiência foi levada para Rio de Janeiro. O pesquisador explica que a quantidade de adubo orgânico utilizada é muito maior que a mineral, mas os preços são muito inferiores. "O ideal é que seja utilizado em produção de hortaliças e frutas, mas nada impede seu emprego pelos produtores de soja. O que precisamos é de produção em maior escala", define.

A iniciativa foi adotada pela Escola de Equitação do Exército, no Rio Janeiro, ao transformar os dejetos dos animais em fertilizante orgânico, para uso nos parques e jardins da própria escola.


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